PASADENA, EUA — Um novo telescópio espacial, a ser lançado em meados de abril, deve abrir mais uma janela no universo, pondo em foco objetos que são muito frios, distantes ou obscurecidos por poeira cósmica para outros observatórios, afirmou a Nasa.
O Space Infrared Telescope Facility é o mais recente de quatro equipamentos chamados de “Grandes Observatórios” pela agência espacial dos Estados Unidos.
Seu lançamento está previsto para 18 de abril, em Cabo Canaveral, na Flórida, a bordo de um foguete Delta II, ocorrendo 13 anos após o ambicioso início da missão do Telescópio Espacial Hubble.
O novo observatório visa a examinar radiação infravermelha, inclusive a emitida por astros e galáxias mais recuados no tempo e no espaço, propiciando aos astrônomos um acesso inédito até agora.
“A missão aumentará, significativamente, a nossa compreensão do universo e, provavelmente, reescreverá os livros de astronomia, assim como aconteceu com o Hubble”, disse Lia La Piana, a responsável pelo programa, na sede da Nasa.
Cada um dos Grandes Observatórios estuda o universo em diferentes regiões do espectro eletromagnético, que inclui as cores do arco-íris, que são visíveis ao olho humano, e os raios gama, raios-X, ultravioletas, infravermelhos, microondas e ondas de rádio.
O novo telescópio fará cerca de 20 mil observações por ano, no decorrer de sua missão, que deve ter pelo menos dois anos e meio.
Poeirentos discos de destroços em torno de astros distantes, onde novos planetas podem estar se formando, serão um dos alvos de observação.
Esse trabalho ajudará a atual busca astronômica de planetas como o nosso.
“O observatório nos dará um melhor entendimento do universo e do nosso lugar nele”, declarou o cientista Michael Werner, do Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa.