O pessoal do CAsB que foi ver o eclipse na Austrália foi entrevistado pelo G1. A matéria pode ser vista neste link.
O reporte dos “Caçadores de Eclipse” pode ser visto no site do CAsB, neste link.
Veja um trecho da matéria:
De Brasília para a Oceania
Três dos “caçadores de eclipses” brasileiros que viajaram para a região são funcionários públicos e membros do Clube de Astronomia de Brasília (CasB), que reúne astrônomos amadores da capital federal.
Eles saíram do Brasil no fim de outubro e levaram as famílias para fazer uma viagem pela Nova Zelândia e um cruzeiro temático de 15 dias pela Austrália e pelas ilhas da Nova Caledônia.
No roteiro, passeios em museus e pontos turísticos tradicionais convivem com palestras com especialistas sobre temas como “As grandes questões sobre o sol e o futuro da pesquisa solar” ou “A vida e a morte das estrelas”. Na mala, eles levaram binóculos e câmeras para fotografar o eclipse. Também foram distribuídos no navio óculos especiais para a observação da fase parcial do fenômeno e, assim, evitar danos aos olhos.
Eles vão observar o eclipse em alto mar, no percurso entre a cidade australiana de Mackay e as ilhas da Nova Caledônia. O planejamento da excursão para a Oceania ocorreu depois que o grupo do CAsB não conseguiu concretizar outra viagem para ver um eclipse total de sol, em 2010.
O primeiro destino seria a Ilha de Páscoa, mas houve problemas com o transporte e a acomodação e o plano mudou para El Calafate, no sul da Argentina. “Mas as condições climáticas e de observação não eram favoráveis e acabamos desistindo. Um grande erro da nossa parte, pois o eclipse foi fantástico e só vimos observar as fotos de outras pessoas que tiveram mais fé do que nós”, conta Sandro Rosa, que está na Oceania com a namorada, Amanda Monteiro.
Outro membro do grupo, Marcelo Domingues, já havia ido sozinho para a China em 2009 para observar o fenômeno, mas só conseguiu fazer imagens da fase parcial, já que o tempo estava nublado. Agora, ele está com a esposa, Isabel, no cruzeiro pela Oceania. “A observação de um eclipse solar em um mesmo local é extremamente rara, daí a necessidade de nos deslocarmos para os pontos onde esses eclipses ocorrem”, diz Marcelo.
Ele lembra que o último eclipse solar visível do Brasil ocorreu em 2006, e a totalidade só pôde ser observada em Natal, no RN. O próximo no país ocorrerá apenas em 2046.
Além de funcionário público, o outro membro do grupo, Ricardo Melo, é professor de física da Universidade Católica de Brasília. Ele foi ao cruzeiro com os pais, Heleno e Walkiria.
Segundo Ricardo, a viagem até agora está “perfeita”. Ele só torce para que a previsão de céu nublado no momento do eclipse não se cumpra. “Esperamos que o céu esteja limpo para que possamos fazer o maior número de fotos possíveis”, diz.